Serviço ao Cliente no Chile
O serviço ao cliente no Chile em geral não é muito diferente do serviço oferecido naqueles países cuja indústria e comércio estão bem estabelecidos, assim como o procedimento com o pagamento da gorjeta, que típicamente é 10% do valor total da conta; particularmente em restaurantes. No início de 2014, uma nova lei foi adotada no país ditando que todos os restaurantes devem deixar claro, no rodapé da conta, o percentual que deverá ser pago ao garçom. Entretanto, é importante dizer que esse pagamento é voluntário e o cliente não está de modo algum obrigado a pagar a quantia ali estabelecida; sobretudo se ele(a) não estiver satisfeito com o serviço que foi oferecido. Só é necessário um pouco de auto-confiança para articular um redondo “NÃO” quando o garçom (inevitavelmente) perguntar: “Desea agregar la propina?” – tranduzindo: Deseja adicionar a gorjeta?
Sou obrigado a pagar gorjeta?
Pagar gorjeta aos motoristas de táxis ainda é um tema sem resposta concreta. É muito comum que eles arrendondem (para mais) o valor ditado pelo taxímetro; contudo, de forma alguma o turista deve sentir-se intimidado e forçado a pagar “os pesos”(moeda chilena) à mais. Quando a viagem é curta a adição de uns CLP200 como agradecimento, é uma atitude bastante apreciada. Já, quando o taxista oferece um serviço adicional, como ajudando com as malas ou mesmo orientando o passageiro com informações sobre endereços, por exemplo, é esperado uma gorjeta equivalente à 10% do valor total.
Salões de beleza também são cheios de turistas que ao não saberem como proceder (quanto ao pagamento de gorjetas) são rotulados ou como “extremamente generosos” ou “murrinhas” pelas cabeleleiras. Depois de um tratamento caro, uma gorjeta de CLP5.000 é mais que bem-vinda, mas em geral, uma nota adicional de CLP2.000 é recebida com um sorriso sincero.
E haja gorjeta!
Há outras situações nas quais gorjetas são esperadas: Em supermercados; os jovens que empacotam as compras esperam pelo menos uma moeda de CLP100 pesos. Nos ônibus, artistas populares comumente tocam seus violões ou cantarolam algo na expectativa de uma “gorjeta”. No hotel, o servente que leva as suas malas para o quarto esperará no mínimo CLP1.000. Mas, uma vez mais, é importante lembrar que todos esses valores são voluntários e é de decisão exclusiva do turista decidir se ou quanto pagarão adicionalmente pelo serviço recebido.
O serviço ao cliente em Santiago tem, em geral, a reputação de ser lento e deixa um pouco a desejar. Mas, um fator importante que contribui para isso é o fato de trabalhadores não serem pagos por hora. O salário no Chile é geralmente mensal e pouquíssimos estabelecimentos adotam o sistema de comissão. Como consequência, funcionários não se sentem motivados para oferecer um serviço mais eficiente e amigável. Por isso é sempre bom recorrer à velha e boa paciência quando você decidir ir às compras em Santiago, como precaução é claro, por quê também é mais que provável que você seja bem atendido e talvez mesmo em português! Com o imenso fluxo de brasileiros e o contínuo crescimento do turismo em Santiago, várias empresas cada vez mais vêm preparado trabalhadores e adotando sistemas mais eficientes de como servir os clientes. Nas farmácias por exemplo, é só assegurar-se de buscar os seu número e esperar na fila.
Com educação, paciência e auto-confiança o serviço ao cliente e o pagamento de gorjeta durante as suas férias em Santiago, certamente não lhe trarão constrangimento.
Texto traduzido/adaptado do original “Customer Service and Gratuity in Santiago Chile” por Abigail Dantes.